Novamente piso tátil

----- Original Message -----
Sent: Wednesday, August 31, 2011 1:08 PM
Subject: [acessib-urb] Novamente piso tátil

Olá debatentes.
Já fazia um tempinho que queria colocar essa discussão em pauta.
Na reunião da CPA em que a comissão ratificou a nossa posição com relação as mudanças no texto da norma sobre piso tátil foi novamente colocado que o deficiente visual não sabe distinguir a diagonal na instalação dos mesmos.
A alegação novamente foi a mesma.
Quem não tem memória visual não sabe o que é uma diagonal.
Então vamos refletir:
Se, segundo pesquisas, 70% das pessoas com deficiência visual são deficientes que adquiriram ela durante a vida, então podemos concluir que pelo menos 70% dos deficientes visuais possuem memória visual.
E se esse número é grande~, então podemos concluir que esses deficientes sabem o que é uma diagonal, certo.
No nosso grupo, um dos maiores defensores das diagonais é o Sérgio Faria, que não possue memória visual e ele sabe perfeitamente o que é uma diagonal e batalha por elas.
Então podemos concluir que mesmo os que não possuem memória visual sabem distinguir perfeitamente o que é uma diagonal, dependendo apenas de serem ensinados sobre o tema.
Aí eu pergunto:
Será que o erro não está nos formadores de orientação e mobilidade que instituiram que um deficiente visual não sabe o que é uma diagonal e ponto final.
E se isso está ocorrendo, será que não está na hora desses profissionais se reciclarem, pois eles estão formando uma nova geração de deficientes visuais que possuem cérebro e que sabem pensar por si só não precisando que videntes digam se eles devem ou não saber ou entender o que é uma diagonal.
Como tudo no universo e alterado a cada segundo, penso que já está na hora desses profissionais começarem a entender que no passado isso poderia até acontecer, porém nos dias atuais eles devem se requalificar para darem um treinamento atual para os deficientes que os procuram para aprenderem sobre orientação e mobilidade.
Citei o caso do Sérgio por ser o mais próximo do grupo, mas já conversei com vários deficientes que não possuem memória visual e que sabem muitíssimo bem o que é uma diagonal.
Para concluir, penso então, que devemos começar a cobrar essa requalificação desses profissionais de orientação e mobilidade para que eles ensinem o que os deficientes querem aprender e não o que eles acham que devemos aprender.
Um grande abraço.
PAZ E LUZ.
Renato Barbato

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